Praticar a arte de ouvir é estar atento aos detalhes.
Sempre que me perguntam quais são os atributos diferenciados de um líder, procuro ressaltar dois: estar disponível e saber ouvir. A meu ver, são os essenciais. Manter-se disponível exige disciplina, generosidade e, principalmente, sentir desejo de estar com as pessoas. Quem se esconde atrás da agenda lotada não lidera. Ela serve de desculpa para não ter de apoiar, educar, elogiar e para não ter de ouvir!
Ouvir é estar atento aos pequenos detalhes
A complexidade do mundo moderno exige que os problemas sejam abordados coletivamente. Praticar a arte de ouvir quer dizer estar atento aos detalhes de cada questão apresentada, às sutilezas de cada problema e ao que cada situação tem de única. Essa prática exige concentração, disponibilidade, rapidez de raciocínio e poder de síntese. Olhe em sua volta. Quem é a pessoa com quem você gosta de conversar quando precisa de uma opinião? Provavelmente, a resposta será um bom ouvinte. Aliás, é preciso aprender a ouvir ativamente. Porque também existem os ouvintes passivos, que olham para você como se estivessem prestando atenção, mas que estão com a cabeça em outro lugar. Quem ouve ativamente participa da conversa, indaga, estimula, pede explicações mais detalhadas.
Quem ouve atentamente torna digna e respeitosa a conversa. E por que toda essa preocupação com esse importante atributo da liderança? Porque estamos nos tornando surdos. Diariamente, lemos e respondemos e-mails calados. Nos ligamos a mais pessoas nas redes sociais, lemos o que elas escrevem e elas nos leem. Mas não as ouvimos! Algumas tecnologias de comunicação oral estão crescendo e o exercício de ouvir começa a voltar lentamente, mesmo doendo nos ouvidos.
Procure exercitar sua audição. No lugar do e-mail, vá até a pessoa com quem deseja falar, que às vezes está na sala ao lado. Faça isso periodicamente e exercite sua capacidade de ouvir. Mostre interesse. Essa combinação de disponibilidade associada ao ato de ouvir serve para tudo. Melhora as relações pessoais, afi na o respeito e cria uma consciência de parceria, que é fundamental neste complexo mundo moderno. Você me ouviu?
Luiz Carlos Cabrera é professor da Eaesp-FGV, diretor da PMC Consultores e membro da Amrop Hever Group
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Trabalho acadêmico
Trabalho acadêmico é o texto (em sentido lato ou estricto) resultado de algum dos diversos processos ligados à produção e transmissão de conhecimento executados no âmbito das instituições ensino, pesquisa e extensão universitária, formalmente reconhecidas para o exercício dessas atividades.
Finalidades
As diversas finalidades do trabalho acadêmico podem se resumir em apresentar, demonstrar, difundir, recuperar ou contestar o conhecimento produzido, acumulado ou transmitido. Ao apresentar resultados, o texto acadêmico atende à necessidade de publicidade relativa ao processo de conhecimento. A pesquisa realizada, a ideia concebida ou a dedução feita perecem se não vierem a público; por esse motivo existem diversos canais de publicidade adequados aos diferentes trabalhos: as defesas públicas, os periódicos, as comunicações e a multimídia virtual são alguns desses. A demonstração do conhecimento é necessidade na comunidade acadêmica, onde esse conhecimento é o critério de mérito e acesso. Assim, existem as provas, concursos e diversos outros processos de avaliação pelos quais se constata a construção ou transmissão do saber. Difundir o conhecimento às esferas externas à comunidade acadêmica é atividade cada vez mais presente nas instituições de ensino, pesquisa e extensão, e o texto correspondente a essa prática tem característica própria sem abandonar a maior parte dos critérios de cientificidade. A recuperação do conhecimento é outra finalidade do texto acadêmico. Com bastante freqüência, parcelas significativas do conhecimento caem no esquecimento das comunidades e das pessoas; a recuperação e manutenção ativa da maior diversidade de saberes é finalidade importante de atividades científicas objeto da produção de texto. Quase todo conhecimento produzido é contestado. Essa contestação, em que não constitua conhecimento diferenciado, certamente é etapa contribuinte no processo da construção do saber que contesta, quer por validá-lo, quer por refutá-lo. As finalidades do texto acadêmico certamente não se esgotam nessas, mas ficam aqui exemplificadas. Para atender à diversidade dessas finalidades, existe a multiplicidade de formas, entre as quais se encontram alguns conhecidos tipos, sobre os quais se estabelece conceito difuso.
Tipos
Apresentamos, a seguir, alguns dos tipos mais comuns dos trabalhos acadêmicos formais, não considerando provas, exercícios e outros textos menos significativos. Há ainda sites, trabalhos de multimídia, encenações e outros que não são considerados, uma vez que o foco deste tópico está concentrado na produção escrita formal.
Trabalhos acadêmicos longos
Tese
Uma tese (literalmente 'posição', do grego θέσις) é uma proposição intelectual. Hoje é principalmente o trabalho acadêmico que apresenta o resultado de investigação complexa e aprofundada sobre tema mais ou menos amplo, com abordagem teórica definida. “É um texto que se caracteriza pela defesa de uma idéia, de um ponto de vista. Ou então pelo questionamento acerca de um determinado assunto. O autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, com fatos, com dados, que utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas idéias”
tese é documento essencial para a obtenção do grau mestre, doutor, livre-docente ou professor titular. Deve revelar a capacidade de seu autor em incrementar a área de estudo que foi alvo de suas investigações, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. Seus itens basilares são: revisão de literatura, metodologia utilizada, rigor na argumentação e apresentação de provas, profundidade de idéias e avanço dos estudos na área. Um fator que caracteriza a tese é a originalidade. É elaborada sob a coordenação de um orientador quando se trata de uma tese demestrado ou doutoramento. Em geral, a tese é produção de cerca de 200 páginas, podendo variar bastante esse número. É o trabalho final dos cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado, elaborado depois de cursados os respectivos créditos e feita a pesquisa correspondente; nesses casos é desenvolvida sob assistência de um orientador acadêmico. É trabalho autônomo de pesquisador sênior, quando se trata de livre-docência ou acesso à titularidade. É defendida publicamente perante bancas de cinco ou mais doutores.
Dissertação
A tese deve revelar a capacidade do pesquisador em sistematizar o conhecimento, revelando a capacidade do doutorando em fornecer uma contribuição para a ciência, primando pela originalidade.
Dissertação é um trabalho acadêmico baseado em estudo teórico de natureza reflexiva, que consiste na ordenação de ideias sobre um determinado tema. A característica básica da dissertação é o cunho reflexivo-teórico. Dissertar é debater, discutir, questionar, expressar ponto de vista, qualquer que seja. É desenvolver um raciocínio, desenvolver argumentos que fundamentem posições. É polemizar, inclusive, com opiniões e com argumentos contrários aos nossos. É estabelecer relações de causa e conseqüência, é dar exemplos, é tirar conclusões, é apresentar um texto com organização lógica das idéias. Basicamente um texto em que o autor mostra as suas ideias.
A dissertação, geralmente, é feita em final de curso de pós-graduação, stricto sensu (mestrado), com a finalidade de treinar os estudantes no domínio do assunto abordado e como forma de iniciação a pesquisa mais ampla. Nesse caso, é produção de aproximadamente 100 páginas, podendo variar um pouco o número. É o trabalho final dos cursos de mestrado, elaborado depois de cursados os respectivos créditos e feita a pesquisa correspondente; é desenvolvida sob assistência de um orientador acadêmico. É defendida publicamente perante bancas de três ou mais doutores.
Na monografia (dissertação) para a obtenção do grau de mestre, além da revisão da literatura, é preciso dominar o conhecimento do método de pesquisa e informar a metodologia utilizada na pesquisa.
Dissertação científica, ou simplesmente exercitação, é o trabalho feito nos moldes da tese, com a peculiaridade de ser ainda uma tese inicial ou em miniatura.
A dissertação tem ainda finalidade didática, uma vez que constitui o grande treinamento para a tese propriamente dita.
Chama-se memória a dissertação sobre assunto científico, literário ou artístico, destinada a ser apresentada ao governo, a uma corporação ou academia
Monografia
Monografia é uma dissertação (em sentido lato) sobre um ponto particular de uma ciência, de uma arte, de uma localidade, sobre um mesmo assunto ou sobre assuntos relacionados. Normalmente escrito apenas por uma pessoa. É o principal tipo de texto científico. Trabalho acadêmico que apresenta o resultado de investigação pouco complexa e sobre tema único e bem delimitado.
A monografia é geralmente conhecida pelos universitários como o último e mais difícil trabalho de faculdade/universidade.
Raramente a monografia é elaborada com base em pesquisa original ou apresenta resultado de estudo experimental; normalmente é estudo recapitulativo, de base bibliográfica. Visa geralmente à obtenção do título de bacharel ou especialista, sendo usada ainda como trabalho de conclusão de alguma disciplina regular.
Em geral é produção de cerca de 60 páginas, variando pouco esse número. É o trabalho final dos cursos de graduação, elaborado depois de cursados os respectivos créditos e feita a pesquisa correspondente; é desenvolvida, em alguns casos, sob assistência de um orientador acadêmico. Raramente tem defesa pública.
A monografia é apontada como trabalho de conclusão para muitos cursos de graduação no Brasil, especialmente aqueles de caráter científico ou humanístico. Para trabalhos de mestrado, são normalmente escritas dissertações; para trabalhos de doutorado, teses. Ao contrário destas, uma monografia não precisa necessariamente apresentar resultados acadêmicos inéditos.
Segundo o dicionário Aurélio, a monografia é um estudo minucioso a fim de esgotar determinado tema relativamente restrito. Outra definição, a partir do exposto por Umberto Eco, por exemplo, em como se faz uma monografia se refere a textos de trinta a duzentas páginas redigidos durante uma disciplina ou curso por uma ou várias pessoas, sobre um tema referido aos estudos nos quais deve se aprofundar.
De acordo com seus propósitos, a monografia é construída a partir de inúmeras regras que visam basicamente o melhor tratamento da ideia ou assunto tratado assim como também gerar uma certa homogeneidade em relação à metodologia utilizada para sua criação.
Esta se baseia a partir de fatos ou ainda conceitos, devendo-se fundamentar o assunto de modo a que se obtenha uma coerência e relevância científica ou filosófica. Para tanto, a monografia necessita ser elaborada a partir do embasamento existente em bibliografias, que irão fundamentá-la ou ainda a partir de resultados práticos de pesquisa científica, como um modo de apresentação, racionalização e discussão dos mesmos.
É desejável que a monografia possua o máximo de vieses possíveis sobre o assunto tratado, de modo a possibilitar ao leitor o entendimento substancial do mesmo. Para tanto, esta é composta de inúmeras partes, textuais, pré e pós-textuais que possuem funções específicas de relevância conhecida.
Trabalho de conclusão de curso
O trabalho de conclusão de curso (TCC, eventualmente chamado trabalho de graduação interdisciplinar ou trabalho final de graduação e mais raramente projeto experimental) é um tipo de trabalho acadêmico amplamente utilizado no ensino superior como forma efetuar uma avaliação final dos graduandos que contemple a diversidade dos aspectos de sua formação universitária, no Brasil.
Em muitas instituições, o TCC é encarado como critério final de avaliação do aluno: em caso de reprovação, o aluno estará impedido de obter o diploma e conseqüentemente exercer a respectiva profissão até que seja aprovado. Embora a expressão "trabalho de conclusão de curso" possa ser utilizada em meios que não os da graduação universitária, no Brasil ela está invariavelmente ligada ao ensino superior.
O escopo e o formato do TCC (assim como sua própria nomenclatura) variam entre os diversos cursos e entre diferentes instituições, mas na estrutura curricular brasileira ele possui papel de destaque: em cursos ligados às ciências, normalmente é um trabalho que envolve pesquisa experimental, em cursos de caráter profissional, normalmente envolve: pesquisa bibliográfica e/ou empírica, a execução em si e uma apresentação de um projeto perante uma banca examinadora entre 3 e 5 professores (não necessariamente com Mestrado e/ou Doutorado).
A Banca Examinadora formada para tal propósito não cria nenhuma expectativa de originalidade. Portanto, pode ser uma compilação (e não cópia) de outros ensaios com uma finalidade, um fio condutor, algo que forneça um roteiro, uma continuidade.
Professores orientadores recomendam que o tema escolhido seja um assunto o qual o aluno possua afinidade. Ele vai passar talvez um ano ou mais escrevendo sobre um determinado assunto.Caso contrário, será muito mais difícil para o aluno conviver com ele todo esse tempo.
O tema deve ser procurado através de perguntas. Uma grande dúvida deve ser o início de um trabalho acadêmico. Algo que não foi respondido ainda. Alguma área do curso escolhido que ainda tenha algo escondido dos cientistas.
Estes são alguns tipos de trabalhos de conclusão de curso:
Estudo de caso
Revisão bibliográfica.
Pesquisa de recepção
Trabalhos acadêmicos curtos
Artigo
Artigo científico é o trabalho acadêmico que apresenta resultado sucinto de pesquisa realizada de acordo com a metodologia de ciência aceite por uma comunidade de pesquisadores. Por esse motivo, considera-se científico o artigo que foi submetido ao exame de outros cientistas, que verificam as informações, os métodos e a precisão lógico-metodológica das conclusões ou resultados obtidos.
Em geral, é produção de 40 páginas ou menos. Pode ser resultado de sínteses de trabalhos maiores ou elaborados em número de três ou quatro, em substituição às teses e dissertações; são desenvolvidos, nesses casos, sob a assistência de um orientador acadêmico. São submetidos às comissões e conselhos editoriais dos periódicos, que avaliam sua qualidade e decidem sobre sua qualidade relevância e adequação ao veículo.
É apresentado segundo a linguagem e método próprios de uma área da ciência e, de modo geral, com uma estrutura lógica de argumentação, apresentando inicialmente o problema ou objetivo da investigação, o conjunto de hipóteses, as possíveis soluções do problema ou modos de se atingir o objetivo, uma descrição dos métodos e técnicas utilizados, uma análise dos resultados obtidos, uma conclusão que aponta qual hipótese foi verificada experimentalmente.
Como há diversidade no que seja o método em cada área da ciência, a forma do artigo científico pode variar em sua apresentação, não existindo uma estrutura única que assegure, por si mesma, a cientificidade de um artigo ou texto que se pretenda científico.
Diante dessa impossibilidade de uma construção textual objetivamente científica, há a necessidade do exame do artigo pela comunidade científica, pois a ciência é uma forma de conhecimento de caráter público, cuja validade só se estabelece após o debate em torno dos resultados apresentados e do caminho percorrido - o método - que conduziu a sua construção.
Deste modo, o artigo científico, ao tornar público e aberto ao debate o conhecimento elaborado em pesquisa, é um meio fundamental para a divulgação e desenvolvimento da ciência.
Relatório
Um relatório é um conjunto de informações utilizado para reportar resultados parciais ou totais de uma determinada atividade, experimento, projeto, ação, pesquisa, ou outro evento, esteja finalizado ou ainda em andamento.
Quando se trata de um trabalho acadêmico, pode ser elaborado com referência a pesquisa original, ou apresentar estudo bibliográfico. Visa comumente apresentar o andamento de trabalhos junto a órgãos financiadores e fiscalizadores, pode ser etapa de estágio ou pesquisa. Nesse caso, é submetido às comissões e conselhos dos órgãos competentes, ou do evento, que decidem sobre o mérito.
Normalmente utiliza-se formatação padronizada, o que no entanto pode ser flexibilizado caso o âmbito do mesmo seja interno ao setor executante ou grupo a que este último pertence.
A dificuldade na criação de um relatório, é normalmente proporcional à complexidade e amplitude do assunto abordado. Em situações deste tipo, criar sub-relatórios pode ser uma boa alternativa.
Resenha
A resenha é um gênero textual em que se propõe a construção de relações entre as propriedades de um objeto analisado, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados relevantes sobre ele. No jornalismo, é utilizado como forma de prestação de serviço. É texto de origem opinativa e, portanto, reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o valor do que é analisado.
Resenha é um texto que serve para apresentar outro (texto-base), desconhecido do leitor. Para bem apresentá-lo, é necessário além de dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de informações sobre o trabalho: fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente quanto ao grau de interesse do texto-base.
Quando se trata de resenha científica, ou trabalho acadêmico de divulgação, apresenta síntese e crítica sobre trabalho científico mais longo. Pode ser elaborado com base em leitura motivada por interesse próprio ou sob demanda editorial. Visa geralmente à publicação em periódico técnico ou mesmo visando divulgação de conhecimento ao grande público pela veiculação em mídia ampla. Nesses casos a resenha é, geralmente, feita por um cientista da mesma área de conhecimento do texto-base.
Mas que informações dar sobre o texto? Ora, se o leitor não o conhece, é preciso informar-se, pelo menos, o nome do autor, o nome do texto, onde e quando foi publicado. Lembre-se de que o leitor pode querer ter acesso ao texto resenhado e, para tanto, precisa dessas informações básicas. Elas podem aparecer no corpo do texto ou no final , como uma citação bibliográfica. Se forem apresentadas no corpo do texto, devem ser bem integradas à exposição dos assuntos tratados.
E em que consiste uma abordagem crítica? Abordar criticamente um texto consiste em opinar sobre ele, apresentando problemas e qualidades que o resenhador julga importante destacar para o seu leitor. Portanto, a abordagem critica não significa, necessariamente, um levantamento dos problemas detectados no texto. Pode constituir-se também no destaque de certas qualidades.
Além das informações básicas e da abordagem crítica, uma boa resenha procura estabelecer relações do texto-base com outros textos (relações intertextuais), recurso que dá ao leitor outras possibilidades de entrada para o texto-base.
Do ponto de vista da construção do texto da resenha, a apreciação crítica obedece a um fio condutor que o resenhador julga como o ponto de entrada mais interessante para o leitor. O fio condutor é , portanto, o tópico que o resenhador escolhe do texto-base para despertar o interesse do leitor e serve para conduzir toda a sua exposição sobre o texto-base.
Sintetizando, resenha é a apresentação de um texto resultante de sua apreciação crítica por parte do resenhador. Assim entendida, ela tem sido chamada também de resenha crítica.
Resenha Descritiva é um resumo do livro de que você descreve as características. A resenha tem a seguinte base: opinião + facto.
O objeto resenhado pode ser de qualquer natureza: um romance, um filme, um álbum, uma peça de teatro ou mesmo um jogo de futebol. Uma resenha pode ser "descritiva" e/ou "crítica".
Comunicação
O sistema de comunicação científica de uma determinada área do conhecimento é formado pelas diferentes formas de comunicação utilizadas pelos cientistas que representam a referida área.
Com o advento da rede mundial, conhecida como Internet, as formas de comunicação vêm se alterando, modificando, ampliando e proporcionando maior rapidez, eficiência, amplitude e rompendo barreiras temporais, geográficas e financeiras tanto nos canais formais como nos canais informais de comunicação. A comunicação informal caracteriza-se pela comunicação de carater pessoal, isto é, acesso limitado e pequena tiragem. Como exemplo dessa categoria de documento temos as cartas, os relatórios de pesquisas em andamento, relatórios de governo, a comunicação oral, entre outros.
Por sua vez a comunicação formal é caracterizada pelo amplo acesso e grande tiragem das fontes de informação como livros, artigos de periódicos.
De acordo com GROGAN (1992)os documentos ou fontes de informação podem apresentar-se em três categorias distintas:
1. documentos ou fontes primárias - são aqueles que discutem idéias novas, novas interpretações sobre acontecimentos importantes ou novos registros com a interferência direto do autor. São fontes que apresentam a dificuldade de acesso porque estão dispersas e praticamente fora do sistema de controle bibliográfico.
2. documentos ou fontes secundárias - documentos organizados de acordo com um arranjo definido, podendo ser arranjo alfabético, cronológico ou sistemático que contêm informações filtradas, organizadas e retiradas das fontes primárias. São exemplos os dicionários e as enciclopédias.
3. documentos ou fontes terciárias - não apresentam conhecimento, são na verdade guias, direcionadores, sinalizadores para a localização de informaçao contida nas fontes primárias e secundárias. Os catálogos, diretórios, bibliografias são exemplos dessa categoria.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_acad%C3%AAmico#Tipos
Finalidades
As diversas finalidades do trabalho acadêmico podem se resumir em apresentar, demonstrar, difundir, recuperar ou contestar o conhecimento produzido, acumulado ou transmitido. Ao apresentar resultados, o texto acadêmico atende à necessidade de publicidade relativa ao processo de conhecimento. A pesquisa realizada, a ideia concebida ou a dedução feita perecem se não vierem a público; por esse motivo existem diversos canais de publicidade adequados aos diferentes trabalhos: as defesas públicas, os periódicos, as comunicações e a multimídia virtual são alguns desses. A demonstração do conhecimento é necessidade na comunidade acadêmica, onde esse conhecimento é o critério de mérito e acesso. Assim, existem as provas, concursos e diversos outros processos de avaliação pelos quais se constata a construção ou transmissão do saber. Difundir o conhecimento às esferas externas à comunidade acadêmica é atividade cada vez mais presente nas instituições de ensino, pesquisa e extensão, e o texto correspondente a essa prática tem característica própria sem abandonar a maior parte dos critérios de cientificidade. A recuperação do conhecimento é outra finalidade do texto acadêmico. Com bastante freqüência, parcelas significativas do conhecimento caem no esquecimento das comunidades e das pessoas; a recuperação e manutenção ativa da maior diversidade de saberes é finalidade importante de atividades científicas objeto da produção de texto. Quase todo conhecimento produzido é contestado. Essa contestação, em que não constitua conhecimento diferenciado, certamente é etapa contribuinte no processo da construção do saber que contesta, quer por validá-lo, quer por refutá-lo. As finalidades do texto acadêmico certamente não se esgotam nessas, mas ficam aqui exemplificadas. Para atender à diversidade dessas finalidades, existe a multiplicidade de formas, entre as quais se encontram alguns conhecidos tipos, sobre os quais se estabelece conceito difuso.
Tipos
Apresentamos, a seguir, alguns dos tipos mais comuns dos trabalhos acadêmicos formais, não considerando provas, exercícios e outros textos menos significativos. Há ainda sites, trabalhos de multimídia, encenações e outros que não são considerados, uma vez que o foco deste tópico está concentrado na produção escrita formal.
Trabalhos acadêmicos longos
Tese
Uma tese (literalmente 'posição', do grego θέσις) é uma proposição intelectual. Hoje é principalmente o trabalho acadêmico que apresenta o resultado de investigação complexa e aprofundada sobre tema mais ou menos amplo, com abordagem teórica definida. “É um texto que se caracteriza pela defesa de uma idéia, de um ponto de vista. Ou então pelo questionamento acerca de um determinado assunto. O autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, com fatos, com dados, que utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas idéias”
tese é documento essencial para a obtenção do grau mestre, doutor, livre-docente ou professor titular. Deve revelar a capacidade de seu autor em incrementar a área de estudo que foi alvo de suas investigações, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. Seus itens basilares são: revisão de literatura, metodologia utilizada, rigor na argumentação e apresentação de provas, profundidade de idéias e avanço dos estudos na área. Um fator que caracteriza a tese é a originalidade. É elaborada sob a coordenação de um orientador quando se trata de uma tese demestrado ou doutoramento. Em geral, a tese é produção de cerca de 200 páginas, podendo variar bastante esse número. É o trabalho final dos cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado, elaborado depois de cursados os respectivos créditos e feita a pesquisa correspondente; nesses casos é desenvolvida sob assistência de um orientador acadêmico. É trabalho autônomo de pesquisador sênior, quando se trata de livre-docência ou acesso à titularidade. É defendida publicamente perante bancas de cinco ou mais doutores.
Dissertação
A tese deve revelar a capacidade do pesquisador em sistematizar o conhecimento, revelando a capacidade do doutorando em fornecer uma contribuição para a ciência, primando pela originalidade.
Dissertação é um trabalho acadêmico baseado em estudo teórico de natureza reflexiva, que consiste na ordenação de ideias sobre um determinado tema. A característica básica da dissertação é o cunho reflexivo-teórico. Dissertar é debater, discutir, questionar, expressar ponto de vista, qualquer que seja. É desenvolver um raciocínio, desenvolver argumentos que fundamentem posições. É polemizar, inclusive, com opiniões e com argumentos contrários aos nossos. É estabelecer relações de causa e conseqüência, é dar exemplos, é tirar conclusões, é apresentar um texto com organização lógica das idéias. Basicamente um texto em que o autor mostra as suas ideias.
A dissertação, geralmente, é feita em final de curso de pós-graduação, stricto sensu (mestrado), com a finalidade de treinar os estudantes no domínio do assunto abordado e como forma de iniciação a pesquisa mais ampla. Nesse caso, é produção de aproximadamente 100 páginas, podendo variar um pouco o número. É o trabalho final dos cursos de mestrado, elaborado depois de cursados os respectivos créditos e feita a pesquisa correspondente; é desenvolvida sob assistência de um orientador acadêmico. É defendida publicamente perante bancas de três ou mais doutores.
Na monografia (dissertação) para a obtenção do grau de mestre, além da revisão da literatura, é preciso dominar o conhecimento do método de pesquisa e informar a metodologia utilizada na pesquisa.
Dissertação científica, ou simplesmente exercitação, é o trabalho feito nos moldes da tese, com a peculiaridade de ser ainda uma tese inicial ou em miniatura.
A dissertação tem ainda finalidade didática, uma vez que constitui o grande treinamento para a tese propriamente dita.
Chama-se memória a dissertação sobre assunto científico, literário ou artístico, destinada a ser apresentada ao governo, a uma corporação ou academia
Monografia
Monografia é uma dissertação (em sentido lato) sobre um ponto particular de uma ciência, de uma arte, de uma localidade, sobre um mesmo assunto ou sobre assuntos relacionados. Normalmente escrito apenas por uma pessoa. É o principal tipo de texto científico. Trabalho acadêmico que apresenta o resultado de investigação pouco complexa e sobre tema único e bem delimitado.
A monografia é geralmente conhecida pelos universitários como o último e mais difícil trabalho de faculdade/universidade.
Raramente a monografia é elaborada com base em pesquisa original ou apresenta resultado de estudo experimental; normalmente é estudo recapitulativo, de base bibliográfica. Visa geralmente à obtenção do título de bacharel ou especialista, sendo usada ainda como trabalho de conclusão de alguma disciplina regular.
Em geral é produção de cerca de 60 páginas, variando pouco esse número. É o trabalho final dos cursos de graduação, elaborado depois de cursados os respectivos créditos e feita a pesquisa correspondente; é desenvolvida, em alguns casos, sob assistência de um orientador acadêmico. Raramente tem defesa pública.
A monografia é apontada como trabalho de conclusão para muitos cursos de graduação no Brasil, especialmente aqueles de caráter científico ou humanístico. Para trabalhos de mestrado, são normalmente escritas dissertações; para trabalhos de doutorado, teses. Ao contrário destas, uma monografia não precisa necessariamente apresentar resultados acadêmicos inéditos.
Segundo o dicionário Aurélio, a monografia é um estudo minucioso a fim de esgotar determinado tema relativamente restrito. Outra definição, a partir do exposto por Umberto Eco, por exemplo, em como se faz uma monografia se refere a textos de trinta a duzentas páginas redigidos durante uma disciplina ou curso por uma ou várias pessoas, sobre um tema referido aos estudos nos quais deve se aprofundar.
De acordo com seus propósitos, a monografia é construída a partir de inúmeras regras que visam basicamente o melhor tratamento da ideia ou assunto tratado assim como também gerar uma certa homogeneidade em relação à metodologia utilizada para sua criação.
Esta se baseia a partir de fatos ou ainda conceitos, devendo-se fundamentar o assunto de modo a que se obtenha uma coerência e relevância científica ou filosófica. Para tanto, a monografia necessita ser elaborada a partir do embasamento existente em bibliografias, que irão fundamentá-la ou ainda a partir de resultados práticos de pesquisa científica, como um modo de apresentação, racionalização e discussão dos mesmos.
É desejável que a monografia possua o máximo de vieses possíveis sobre o assunto tratado, de modo a possibilitar ao leitor o entendimento substancial do mesmo. Para tanto, esta é composta de inúmeras partes, textuais, pré e pós-textuais que possuem funções específicas de relevância conhecida.
Trabalho de conclusão de curso
O trabalho de conclusão de curso (TCC, eventualmente chamado trabalho de graduação interdisciplinar ou trabalho final de graduação e mais raramente projeto experimental) é um tipo de trabalho acadêmico amplamente utilizado no ensino superior como forma efetuar uma avaliação final dos graduandos que contemple a diversidade dos aspectos de sua formação universitária, no Brasil.
Em muitas instituições, o TCC é encarado como critério final de avaliação do aluno: em caso de reprovação, o aluno estará impedido de obter o diploma e conseqüentemente exercer a respectiva profissão até que seja aprovado. Embora a expressão "trabalho de conclusão de curso" possa ser utilizada em meios que não os da graduação universitária, no Brasil ela está invariavelmente ligada ao ensino superior.
O escopo e o formato do TCC (assim como sua própria nomenclatura) variam entre os diversos cursos e entre diferentes instituições, mas na estrutura curricular brasileira ele possui papel de destaque: em cursos ligados às ciências, normalmente é um trabalho que envolve pesquisa experimental, em cursos de caráter profissional, normalmente envolve: pesquisa bibliográfica e/ou empírica, a execução em si e uma apresentação de um projeto perante uma banca examinadora entre 3 e 5 professores (não necessariamente com Mestrado e/ou Doutorado).
A Banca Examinadora formada para tal propósito não cria nenhuma expectativa de originalidade. Portanto, pode ser uma compilação (e não cópia) de outros ensaios com uma finalidade, um fio condutor, algo que forneça um roteiro, uma continuidade.
Professores orientadores recomendam que o tema escolhido seja um assunto o qual o aluno possua afinidade. Ele vai passar talvez um ano ou mais escrevendo sobre um determinado assunto.Caso contrário, será muito mais difícil para o aluno conviver com ele todo esse tempo.
O tema deve ser procurado através de perguntas. Uma grande dúvida deve ser o início de um trabalho acadêmico. Algo que não foi respondido ainda. Alguma área do curso escolhido que ainda tenha algo escondido dos cientistas.
Estes são alguns tipos de trabalhos de conclusão de curso:
Estudo de caso
Revisão bibliográfica.
Pesquisa de recepção
Trabalhos acadêmicos curtos
Artigo
Artigo científico é o trabalho acadêmico que apresenta resultado sucinto de pesquisa realizada de acordo com a metodologia de ciência aceite por uma comunidade de pesquisadores. Por esse motivo, considera-se científico o artigo que foi submetido ao exame de outros cientistas, que verificam as informações, os métodos e a precisão lógico-metodológica das conclusões ou resultados obtidos.
Em geral, é produção de 40 páginas ou menos. Pode ser resultado de sínteses de trabalhos maiores ou elaborados em número de três ou quatro, em substituição às teses e dissertações; são desenvolvidos, nesses casos, sob a assistência de um orientador acadêmico. São submetidos às comissões e conselhos editoriais dos periódicos, que avaliam sua qualidade e decidem sobre sua qualidade relevância e adequação ao veículo.
É apresentado segundo a linguagem e método próprios de uma área da ciência e, de modo geral, com uma estrutura lógica de argumentação, apresentando inicialmente o problema ou objetivo da investigação, o conjunto de hipóteses, as possíveis soluções do problema ou modos de se atingir o objetivo, uma descrição dos métodos e técnicas utilizados, uma análise dos resultados obtidos, uma conclusão que aponta qual hipótese foi verificada experimentalmente.
Como há diversidade no que seja o método em cada área da ciência, a forma do artigo científico pode variar em sua apresentação, não existindo uma estrutura única que assegure, por si mesma, a cientificidade de um artigo ou texto que se pretenda científico.
Diante dessa impossibilidade de uma construção textual objetivamente científica, há a necessidade do exame do artigo pela comunidade científica, pois a ciência é uma forma de conhecimento de caráter público, cuja validade só se estabelece após o debate em torno dos resultados apresentados e do caminho percorrido - o método - que conduziu a sua construção.
Deste modo, o artigo científico, ao tornar público e aberto ao debate o conhecimento elaborado em pesquisa, é um meio fundamental para a divulgação e desenvolvimento da ciência.
Relatório
Um relatório é um conjunto de informações utilizado para reportar resultados parciais ou totais de uma determinada atividade, experimento, projeto, ação, pesquisa, ou outro evento, esteja finalizado ou ainda em andamento.
Quando se trata de um trabalho acadêmico, pode ser elaborado com referência a pesquisa original, ou apresentar estudo bibliográfico. Visa comumente apresentar o andamento de trabalhos junto a órgãos financiadores e fiscalizadores, pode ser etapa de estágio ou pesquisa. Nesse caso, é submetido às comissões e conselhos dos órgãos competentes, ou do evento, que decidem sobre o mérito.
Normalmente utiliza-se formatação padronizada, o que no entanto pode ser flexibilizado caso o âmbito do mesmo seja interno ao setor executante ou grupo a que este último pertence.
A dificuldade na criação de um relatório, é normalmente proporcional à complexidade e amplitude do assunto abordado. Em situações deste tipo, criar sub-relatórios pode ser uma boa alternativa.
Resenha
A resenha é um gênero textual em que se propõe a construção de relações entre as propriedades de um objeto analisado, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados relevantes sobre ele. No jornalismo, é utilizado como forma de prestação de serviço. É texto de origem opinativa e, portanto, reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o valor do que é analisado.
Resenha é um texto que serve para apresentar outro (texto-base), desconhecido do leitor. Para bem apresentá-lo, é necessário além de dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de informações sobre o trabalho: fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente quanto ao grau de interesse do texto-base.
Quando se trata de resenha científica, ou trabalho acadêmico de divulgação, apresenta síntese e crítica sobre trabalho científico mais longo. Pode ser elaborado com base em leitura motivada por interesse próprio ou sob demanda editorial. Visa geralmente à publicação em periódico técnico ou mesmo visando divulgação de conhecimento ao grande público pela veiculação em mídia ampla. Nesses casos a resenha é, geralmente, feita por um cientista da mesma área de conhecimento do texto-base.
Mas que informações dar sobre o texto? Ora, se o leitor não o conhece, é preciso informar-se, pelo menos, o nome do autor, o nome do texto, onde e quando foi publicado. Lembre-se de que o leitor pode querer ter acesso ao texto resenhado e, para tanto, precisa dessas informações básicas. Elas podem aparecer no corpo do texto ou no final , como uma citação bibliográfica. Se forem apresentadas no corpo do texto, devem ser bem integradas à exposição dos assuntos tratados.
E em que consiste uma abordagem crítica? Abordar criticamente um texto consiste em opinar sobre ele, apresentando problemas e qualidades que o resenhador julga importante destacar para o seu leitor. Portanto, a abordagem critica não significa, necessariamente, um levantamento dos problemas detectados no texto. Pode constituir-se também no destaque de certas qualidades.
Além das informações básicas e da abordagem crítica, uma boa resenha procura estabelecer relações do texto-base com outros textos (relações intertextuais), recurso que dá ao leitor outras possibilidades de entrada para o texto-base.
Do ponto de vista da construção do texto da resenha, a apreciação crítica obedece a um fio condutor que o resenhador julga como o ponto de entrada mais interessante para o leitor. O fio condutor é , portanto, o tópico que o resenhador escolhe do texto-base para despertar o interesse do leitor e serve para conduzir toda a sua exposição sobre o texto-base.
Sintetizando, resenha é a apresentação de um texto resultante de sua apreciação crítica por parte do resenhador. Assim entendida, ela tem sido chamada também de resenha crítica.
Resenha Descritiva é um resumo do livro de que você descreve as características. A resenha tem a seguinte base: opinião + facto.
O objeto resenhado pode ser de qualquer natureza: um romance, um filme, um álbum, uma peça de teatro ou mesmo um jogo de futebol. Uma resenha pode ser "descritiva" e/ou "crítica".
Comunicação
O sistema de comunicação científica de uma determinada área do conhecimento é formado pelas diferentes formas de comunicação utilizadas pelos cientistas que representam a referida área.
Com o advento da rede mundial, conhecida como Internet, as formas de comunicação vêm se alterando, modificando, ampliando e proporcionando maior rapidez, eficiência, amplitude e rompendo barreiras temporais, geográficas e financeiras tanto nos canais formais como nos canais informais de comunicação. A comunicação informal caracteriza-se pela comunicação de carater pessoal, isto é, acesso limitado e pequena tiragem. Como exemplo dessa categoria de documento temos as cartas, os relatórios de pesquisas em andamento, relatórios de governo, a comunicação oral, entre outros.
Por sua vez a comunicação formal é caracterizada pelo amplo acesso e grande tiragem das fontes de informação como livros, artigos de periódicos.
De acordo com GROGAN (1992)os documentos ou fontes de informação podem apresentar-se em três categorias distintas:
1. documentos ou fontes primárias - são aqueles que discutem idéias novas, novas interpretações sobre acontecimentos importantes ou novos registros com a interferência direto do autor. São fontes que apresentam a dificuldade de acesso porque estão dispersas e praticamente fora do sistema de controle bibliográfico.
2. documentos ou fontes secundárias - documentos organizados de acordo com um arranjo definido, podendo ser arranjo alfabético, cronológico ou sistemático que contêm informações filtradas, organizadas e retiradas das fontes primárias. São exemplos os dicionários e as enciclopédias.
3. documentos ou fontes terciárias - não apresentam conhecimento, são na verdade guias, direcionadores, sinalizadores para a localização de informaçao contida nas fontes primárias e secundárias. Os catálogos, diretórios, bibliografias são exemplos dessa categoria.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_acad%C3%AAmico#Tipos
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Comunicação: O Coração da Liderança
Os especialistas em comunicação Stuart Crainer e Des Dearlove dividem a seguir os oito segredos dominados pelos melhores líderes empresariais, com exemplos reais.
O que os líderes corporativos realmente fazem o dia todo? Pergunte a eles e a resposta será algo sobre estratégias, visão e missão. Eles vão lhe contar sobre suas incontáveis viagens e suas intermináveis reuniões, sobre suas agendas abarrotadas e sobre como eles ficam sem ver os filhos por muitos dias. Pressione-os um pouco mais, e é provável que você depare com um silêncio estranho enquanto eles pensam sobre o que realmente fazem.
O coração da liderança não está no mundo esotérico da estratégia. É algo bem mais mundano e, por isso mesmo, amplamente ignorado por professores, especialistas e, sem dúvida, pelos líderes. O que os líderes
realmente fazem é comunicar. Seja mandando um e-mail de seu Black-Berry, fazendo uma apresentação
para o conselho de administração, escrevendo uma nota de agradecimento para alguém que obteve uma
grande conquista ou elaborando uma avaliação anual, um líder está sempre comunicando. No entanto, mesmo que eles passem a maior parte de seu tempo se comunicando com pessoas de dentro e de fora da
organização, os líderes raramente são treinados nas nuanças da comunicação.Observe o conteúdo dos programas de MBA geralmente oferecidos e você encontrará as “matérias pesadas”de sempre: economia, estratégia, marketing, contabilidade e assim por diante. A comunicação é o elefante invisível na sala de aula
de um MBA. Na verdade, um aluno de MBA que já esteja no mundo corporativo lhe dirá que a estratégia é
a parte fácil; o desafio está mesmo é na execução. O que ele raramente acrescentará é que a comunicação
está na base de qualquer processo de execução, em qualquer lugar.
Vejamos o caso de Kevin Kelly,presidente da Heidrick & Struggles, multinacional de recrutamento de
altos executivos. Kelly é o típico CEO moderno, incansável e sempre viajando. Trabalhando em um
livro com ele, pedimos que visse um dia em sua agenda. “A verdade é que toda vez que estou em trânsito,eu faço uma ligação. Sempre que tenho um intervalo, eu ligo para alguém”, admite ele. “Eu repasso mentalmente a lista das pessoas com quem faz algum tempo que não falo ou alguém com quem já trabalhei e que teria notícias para comentar.” Seu dia revela uma enxurrada de ligações e reuniões em grupo com pessoas de dentro e de fora da organização. Em resumo, seu dia de trabalho típico consiste em comunicação.
Também perguntamos a Alastair Trivett como é seu dia. Trivett,diretor mundial da BSI Product Services, com sede no Reino Unido, que faz teste de segurança para todo tipo de produto, de preservativos
a para-brisas, explica que seu dia geralmente inclui pelo menos uma reunião com clientes: “Algumas
vezes eu sento e converso com o cliente; outras eu apresento a empresa e mostro o que podemos
fazer”. Trivett também entrevista pessoas para cargos na empresa e anda pelos laboratórios e escritórios
da companhia. “No começo, acho que as pessoas ficavam surpresas em me ver, mas agora não mais”,
explica. “Elas até gostam. Conversam comigo. Se você conversa com as pessoas e mostra a elas que está
interessado no que fazem, elas responderão positivamente. Quando ando pelos laboratórios, faço isso
por interesse genuíno.” E, no final das contas, há também as reuniões intermináveis. “Tenho todas as minhas
reuniões programadas no começo do ano. Escolho as reuniões em que tenho de estar presente e as
anoto em minha agenda. Passo isso para meu pessoal, de maneira que, digamos, no dia 1º de janeiro, todos
sabem onde devem estar. Se não fosse assim, eu teria de acordar de manhã e pensar ‘Bem, o que eu vou
fazer hoje?’. Você pode facilmente se perder desse jeito. É preciso manter o foco e garantir que as coisas
aconteçam.”
O que os executivos devem entender sobre comunicação para fazer com que isso conte a seu favor?
O que caracteriza os melhores comunicadores entre os executivos?
Depois de ter trabalhado com muitos líderes na última década, descobrimos que os comunicadores mais
eficazes dominam oito segredos de comunicação de liderança.
Esteja sempre ligado
O primeiro aspecto a reconhecer é que, como líder, você está se comunicando 24 horas por dia, sete
dias por semana. E tudo o que faz é amplificado e pode ser distorcido.Todos estão de olho em você, esperando uma “deixa” sua. Pequenas coisas se tornam importantes, de modo que o menor dos gestos ou qualquer “gracinha” acabam sendo examinados minuciosamente em busca de sinais de suas intenções.Mesmo uma caminhada pelos corredores da empresa está imbuída de significado: com quem você fala ou não é digno de nota.
Há também aqueles que estão fora da empresa: a mídia, os analistas financeiros, os acionistas. Para o
presidente desavisado, uma observação sem pensar durante o almoço pode virar manchete dos jornais.
Internamente, também, palavras indiscretas podem reverberar.
Um exemplo clássico dos perigos do que se fala, mesmo que seja em segredo ou “em off ” para a mídia,
é o do executivo britânico Gerald Ratner, que comandava uma cadeia de joalherias muito bem-sucedida.
Era uma empresa familiar, uma instituição britânica. Bem-sucedido e confiante, Ratner fez um discurso
em 1991 para um grupo de executivos em que soltou algumas piadas sobre os iludidos que o tornaram
um homem rico comprando sua mercadoria de má qualidade; algumas das joias vendidas por suas
lojas, brincou, eram “mais baratas que um sanduíche de shopping center, mas provavelmente não durariam
tanto”. Um jornalista de um jornal sensacionalista soube do discurso e a história foi parar na primeira
página. Ratner se viu em maus lençóis e a cadeia de lojas da família acabou condenada pela história.
Ser o líder significa ter o microfone permanentemente aberto diante de si. Mesmo seu silêncio tem
significado. Em épocas de incerteza, o silêncio é a mais “barulhenta” das mensagens. A comunicação, como
a natureza, abomina o vácuo. Experimente criar o vácuo em sua organização e a fábrica de boatos vai correr para preenchê-lo. A não comunicação não é uma opção.Como lidar com isso depende de sua personalidade, mas você precisa reconhecer que está se comunicando mesmo quando não quer fazer isso.
Líderes inteligentes fazem com que essa realidade vire a seu favor, transformando em virtude o que
poderia ser vício. Martin Sorrell,presidente do WPP Group, o maior grupo de propaganda do mundo,
é famoso pela velocidade com que responde a seus e-mails, a qualquer hora, em qualquer lugar. “Se alguém
entra em contato com você, existe uma razão”, ressalta ele. “Não há nenhuma relação com a hierarquia.
Não importa se não é alguém ‘grande’.Não há nada mais frustrante do que deixar uma mensagem de
voz e não ter resposta. Nós somos prestadores de serviço.” Não é raro que Sorrell passe uma semana trabalhandonos Estados Unidos, mas no fuso horário do Reino Unido para colaborar com seus funcionários
que estão em Londres. Sua atitude transmite uma mensagem clara: “Se você trabalha para mim,você é importante”.
Conheça sua mensagem
Os políticos costumam dizer que é importante manter uma mesma mensagem ao longo do tempo, e
essa é uma lição igualmente importante para os líderes corporativos.Alguns argumentarão que é muito
comum, na política e no mundo corporativo, fazer com que as coisas pareçam melhores do que
realmente são, mas não é falso ser coerente com o que você diz.A coerência requer disciplina. Os
melhores líderes que conhecemos dão muita importância e se esforçam em descobrir as prioridades
de sua organização e articulá-las de maneira consistente.
No começo de nossa carreira como consultores, trabalhamos com um novo presidente de empresa que
fora trazido de fora para transformar uma organização. Em nosso primeiro encontro, ele delineou sua
estratégia e nos perguntou como poderíamos ajudá-lo a torná-la realidade.Voltamos com sugestões e
ele marcou nova reunião. Mais uma vez ele delineou sua estratégia. Ficamos nos perguntando se ele estava
tentando, de maneira educada, nos dizer alguma coisa. Será que nossas recomendações passaram
longe do alvo? Será que ignoramos algum elemento crucial de seu plano? Não. Na verdade, ele gostou das
recomendações e permitiu que as colocássemos em prática. Em todas as reuniões que se seguiram, por
cerca dos dois meses que durou o projeto, o presidente abordou sua estratégia conosco. Em cada encontro,
ele apresentava suas ideias de forma mais forte e concisa. Ao final, ainda preocupados que ele estivesse
pensando que nós não havíamos compreendido a estratégia, perguntamos por que ele a repetia para
nós. “Porque esse é meu trabalho como presidente”, disse.
Ele estava certo, é claro. Além de elaborar a estratégia, um líder deve transmiti-la para a organização.
A melhor estratégia do mundo é inútil a menos que deixe a cabeça do CEO e vá parar na cabeça das
pessoas que farão com que se torne realidade. Certo apetite pela repetição ajuda. Os melhores líderes que
já conhecemos têm sua mensagem na ponta da língua e são capazes de sonhar com ela. A liderança é um
trabalho barulhento. Você tem de repetir a mesma coisa várias vezes para públicos diferentes. Você pode
enfatizar um aspecto em particular para a mídia, outro para os funcionários ou para os analistas, mas as
mensagens devem ser coerentes.
Destile sua mensagem
Não é suficiente conhecer sua mensagem. Você deve ser capaz de transmiti-la de forma concisa. Comunicadores eficazes são mestres em destilação. Como no uísque de qualidade, sua mensagem
deve ser reduzida a sua essência. Mensagens memoráveis são fáceis de comunicar.
Na GE, Jack Welch nunca teve reconhecimento suficiente por sua grande habilidade em se comunicar.
Uma de suas capacidades subestimadas era a de destilar uma mensagem clara e repeti-la infinitamente. Sua
época na GE pode ser dividida em três partes, com três mensagens simples.A primeira se caracterizou pela
mensagem de que cada negócio da GE deve ser o número 1 ou número 2 em seu setor de atividade, sob o
aspecto da participação de mercado.Durante a segunda parte, com foco no programa de qualidade 6-Sigma,ele ressaltou que esses mesmos negócios definem seus mercados, forçando os gestores a buscar novas oportunidades além das fronteiras estreitas de mercados preconcebidos.Na parte final, com a internet
mudando o mundo dos negócios, ele resumiu sua mensagem em uma frase: “Destrua seu próprio negócio
antes que alguém o faça”.
Pense no público
Coloque-se no lugar de seu público. Por exemplo, analistas financeiros não estão interessados em
grandes visões sobre um mundo melhor; eles querem os números.Funcionários, por sua vez, querem
ser motivados.
Há um vídeo clássico no YouTube que mostra Steve Ballmer superexcitado e transpirando, tomando o
palco de um evento da Microsoft e proclamando que ele ama a empresa.Para quem é de fora, o discurso
exagerado de Ballmer pode ser motivo de riso; para os funcionários da Microsoft, ele tem um efeito mais
positivo: eis alguém que tem energia e crença total na empresa.
Acima de tudo, as pessoas desejam loucamente significado. Os funcionários do Google, ou a maioria
deles pelo menos, são motivados não por quanto dinheiro a empresa está faturando, mas pela sensação
de que eles estão fazendo a diferença.Para eles, o slogan corporativo (muito bem destilado) “Não faça
o mal” é mais importante que os resultados financeiros no próximo trimestre.
Encontre seu tom
Grandes comunicadores são autênticos.Líderes eficazes conhecem suas forças e fraquezas. Alguns falam
bem para auditórios de mil pessoas, outros preferem a intimidade de uma pequena sala de aula, e há os que se destacam na comunicação um a um.O importante é que o líder escolha o meio que combina consigo e, assim,que seja eficiente para transmitir a mensagem que deseja.
Pense em Franklin D. Roosevelt.Quando precisou comunicar seu New Deal para os norte-americanos
comuns de modo a motivar a esperança e a confiança, ele inventou uma forma de transmissão por rádio. Suas “conversas ao pé da lareira” se encaixaram perfeitamente no que ele tinha de melhor em comunicação: informal e pessoal. Grandes líderes encontram seu meio mais eficiente.
Há também o caso de Richard Branson, do Virgin Group. Apesar dos muitos anos de palco, os discursos
de Branson tendem a ser titubeantes; falar em público não é seu forte. Mesmo assim, ele é reconhecido
em todo o mundo e é um comunicador altamente eficaz dos valores-chavede sua empresa. O que
Branson descobriu há alguns anos foi que sua disposição de fazer de si mesmo um “bobo” e experimentar
coisas que outros presidentes de empresas não pensariam é, na verdade, uma declaração poderosa nos
valores da marca Virgin: diferente,colorida, iconoclasta e apaixonada por diversão. Branson se veste
como uma “noiva Virgin” e, ao fazer o papel de astronauta ou escalar montanhas, está se comunicando,
e em grande estilo.
Ao visitar o escritório de um executivo em Tóquio, fomos surpreendidos por uma carta escrita à
mão, que estava pendurada na parede, orgulhosamente emoldurada. Era uma nota de agradecimento de
Jack Welch, como nosso anfitrião fez questão de explicar. Welch ficou famoso por escrever à mão cartas
de congratulações para pessoas que conheceu.
Outro presidente de empresa que conhecemos gastava todo o tempo que passava no banco de trás do carro escrevendo cartas para serem enviadas por fax às pessoas assim que ele chegasse a seu destino. É claro que a comunicação hoje ficou mais fácil do que mandar fax. Você pode enviar e-mails em massa para
todos na organização apenas apertando um botão. Algumas vezes, isso é o mais apropriado a fazer. Outras,
não. Como em tudo na vida, o contexto é tudo.
Conte histórias
O ser humano usa as histórias para transmitir mensagens importantes praticamente desde que foi
capaz de falar. As pessoas estão sempre ansiosas por narrativas, pois elas fornecem sentido. Fatos e números dão conteúdo, mas isso não é capaz de substituir o contexto.
Desde os primórdios, as pessoas têm usado as histórias para transmitir mensagens importantes. Sejam
elas contadas pelos anciões tribaisao redor de uma fogueira ou por menestréis que iam de aldeia em
aldeia, as histórias sempre serviram para passar adiante memórias coletivas muito antes de as pessoas serem
capazes de ler ou escrever. Muitas vezes elas tinham um objetivo que ia além do simples entretenimento;
mesmo os contos de fada, por exemplo,contêm sabedoria.
Hoje o poder das histórias é cada vez mais reconhecido no mundo dos negócios. General Electric,Royal Dutch/Shell, IBM, Unilever e Nestlé estão entre as empresas que as utilizam explicitamente em seu
processo de comunicação. Todo líder precisa de uma narrativa que lide com algumas questões fundamentais:
quem sou? O que defendo? Para onde estamos indo? O que tudo isso significa para aqueles que me seguem?
Comunicadores eficazes reconhecem que a comunicação deve falar à mente e ao coração. No primeiro caso, trata-se de apresentar um quadro racional, utilizando dados objetivos. Mas é o coração que
gera compromisso com a ação.
Como Terry Pearce, coach de executivos e especialista em comunicação altamente respeitado, diz:
“Enquanto a mente procura pelas provas, o coração procura pelo envolvimento. Enquanto a mente
busca informação, o coração busca paixão. Enquanto a mente quer respostas, o coração quer experiência.
A mente toma uma decisão, mas é o coração que se compromete”.
Use símbolos
O que dizemos como líderes é importante. Mas as pessoas também julgam seus líderes pelo que eles
fazem. As ações falam mais alto. Veja o caso da final da Copa do Mundo de Rúgbi de 1995, entre a
África do Sul e a Nova Zelândia. O torneio era sediado na África do Sul e visto como afirmação da transição do país, de uma nação recriminada em todo o mundo para uma democracia moderna. O rúgbi era tradicionalmente jogado pela população branca do país, enquanto os negros jogavam e acompanhavam o futebol.
O presidente então recém-eleito Nelson Mandela, vestindo o uniforme da Seleção Sul-Africana, compareceu à final. Sua mensagem era simples: branco ou negro, somos todos sul-africanos agora. O time
de Mandela bateu os favoritos –uma vitória pela unidade.
Comunicadores eficazes reconhecem o poder de ações simbólicas.Quando a empresa farmacêutica
Roche se viu com problemas por conta de boatos de aquisição hostil, em vez de responder aos muitos
pedidos de entrevista da mídia, o presidente Franz Humer manteve seus planos e foi esquiar no fim de
semana. Sua mensagem foi a de que ele não estava preocupado com as conversas sobre takeover e que permanecia no controle da situação. Sua atitude foi mostrada pela mídia e a fábrica de boatos parou de
funcionar.
A comunicação simbólica também pode ser mais mundana. Onde os líderes estacionam seu carro fala
alto sobre a cultura da empresa. Se o presidente estaciona seu Mercedes bem perto da porta da frente,
enquanto todo mundo tem de atravessar a área de estacionamento, os funcionários podem concluir que a
hierarquia está viva e firme, apesar do esforço para obter uma estrutura de gestão mais plana. Quando
Greg Dyke se tornou diretor-geral da BBC, em 2000, herdou uma organização desmoralizada, com uma
estrutura de gestão pesada, especialmente no topo. Uma de suas primeiras ações foi se livrar dos carros com motorista destinados aos executivos seniores. Isso mandou uma mensagem clara de que o corte de custos havia começado pelo topo, em vez de se iniciar pelos de baixo.
Fique em contato
Talvez a prática mais difícil para todos os líderes seja permanecer em contato com todos seus stakeholders,
tanto interna como externamente. É relativamente fácil para um executivo fazer isso em seus primeiros
dias no cargo, pois ainda lembra como é não estar na liderança. Com o passar do tempo, é claro, essa memória se vai.
Os melhores líderes trabalham duro para se manter em contato. A mais subestimada das práticas de comunicação é saber ouvir. Para alguns líderes, ouvir é simplesmente tolerar “o barulho dos outros”,
antes de chegar o momento de ele próprio falar. Mas as pessoas são capazes de perceber quando o líder
está apenas fingindo ouvir.
Grandes líderes são grandes ouvintes.Eles ouvem o que as pessoas têm a dizer e usam essa informação
para transmitir suas decisões. Esses líderes não dão atenção apenas a seus assessores ou àqueles que falam
mais alto.
Ao deixar o poder em junho de 2007, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair disse aos jornais:
“O mais difícil da liderança é aprender a ignorar as vozes mais altas”.
A grande ironia da comunicação é que, quando você pensa que não está se comunicando, talvez esteja
transmitindo sua mais forte mensagem.
Stuart Crainer é editor da Business Strategy
Review e Des Dearlove é cofundador da Suntop Media.
HSM Management 74 maio-junho 2009
O que os líderes corporativos realmente fazem o dia todo? Pergunte a eles e a resposta será algo sobre estratégias, visão e missão. Eles vão lhe contar sobre suas incontáveis viagens e suas intermináveis reuniões, sobre suas agendas abarrotadas e sobre como eles ficam sem ver os filhos por muitos dias. Pressione-os um pouco mais, e é provável que você depare com um silêncio estranho enquanto eles pensam sobre o que realmente fazem.
O coração da liderança não está no mundo esotérico da estratégia. É algo bem mais mundano e, por isso mesmo, amplamente ignorado por professores, especialistas e, sem dúvida, pelos líderes. O que os líderes
realmente fazem é comunicar. Seja mandando um e-mail de seu Black-Berry, fazendo uma apresentação
para o conselho de administração, escrevendo uma nota de agradecimento para alguém que obteve uma
grande conquista ou elaborando uma avaliação anual, um líder está sempre comunicando. No entanto, mesmo que eles passem a maior parte de seu tempo se comunicando com pessoas de dentro e de fora da
organização, os líderes raramente são treinados nas nuanças da comunicação.Observe o conteúdo dos programas de MBA geralmente oferecidos e você encontrará as “matérias pesadas”de sempre: economia, estratégia, marketing, contabilidade e assim por diante. A comunicação é o elefante invisível na sala de aula
de um MBA. Na verdade, um aluno de MBA que já esteja no mundo corporativo lhe dirá que a estratégia é
a parte fácil; o desafio está mesmo é na execução. O que ele raramente acrescentará é que a comunicação
está na base de qualquer processo de execução, em qualquer lugar.
Vejamos o caso de Kevin Kelly,presidente da Heidrick & Struggles, multinacional de recrutamento de
altos executivos. Kelly é o típico CEO moderno, incansável e sempre viajando. Trabalhando em um
livro com ele, pedimos que visse um dia em sua agenda. “A verdade é que toda vez que estou em trânsito,eu faço uma ligação. Sempre que tenho um intervalo, eu ligo para alguém”, admite ele. “Eu repasso mentalmente a lista das pessoas com quem faz algum tempo que não falo ou alguém com quem já trabalhei e que teria notícias para comentar.” Seu dia revela uma enxurrada de ligações e reuniões em grupo com pessoas de dentro e de fora da organização. Em resumo, seu dia de trabalho típico consiste em comunicação.
Também perguntamos a Alastair Trivett como é seu dia. Trivett,diretor mundial da BSI Product Services, com sede no Reino Unido, que faz teste de segurança para todo tipo de produto, de preservativos
a para-brisas, explica que seu dia geralmente inclui pelo menos uma reunião com clientes: “Algumas
vezes eu sento e converso com o cliente; outras eu apresento a empresa e mostro o que podemos
fazer”. Trivett também entrevista pessoas para cargos na empresa e anda pelos laboratórios e escritórios
da companhia. “No começo, acho que as pessoas ficavam surpresas em me ver, mas agora não mais”,
explica. “Elas até gostam. Conversam comigo. Se você conversa com as pessoas e mostra a elas que está
interessado no que fazem, elas responderão positivamente. Quando ando pelos laboratórios, faço isso
por interesse genuíno.” E, no final das contas, há também as reuniões intermináveis. “Tenho todas as minhas
reuniões programadas no começo do ano. Escolho as reuniões em que tenho de estar presente e as
anoto em minha agenda. Passo isso para meu pessoal, de maneira que, digamos, no dia 1º de janeiro, todos
sabem onde devem estar. Se não fosse assim, eu teria de acordar de manhã e pensar ‘Bem, o que eu vou
fazer hoje?’. Você pode facilmente se perder desse jeito. É preciso manter o foco e garantir que as coisas
aconteçam.”
O que os executivos devem entender sobre comunicação para fazer com que isso conte a seu favor?
O que caracteriza os melhores comunicadores entre os executivos?
Depois de ter trabalhado com muitos líderes na última década, descobrimos que os comunicadores mais
eficazes dominam oito segredos de comunicação de liderança.
Esteja sempre ligado
O primeiro aspecto a reconhecer é que, como líder, você está se comunicando 24 horas por dia, sete
dias por semana. E tudo o que faz é amplificado e pode ser distorcido.Todos estão de olho em você, esperando uma “deixa” sua. Pequenas coisas se tornam importantes, de modo que o menor dos gestos ou qualquer “gracinha” acabam sendo examinados minuciosamente em busca de sinais de suas intenções.Mesmo uma caminhada pelos corredores da empresa está imbuída de significado: com quem você fala ou não é digno de nota.
Há também aqueles que estão fora da empresa: a mídia, os analistas financeiros, os acionistas. Para o
presidente desavisado, uma observação sem pensar durante o almoço pode virar manchete dos jornais.
Internamente, também, palavras indiscretas podem reverberar.
Um exemplo clássico dos perigos do que se fala, mesmo que seja em segredo ou “em off ” para a mídia,
é o do executivo britânico Gerald Ratner, que comandava uma cadeia de joalherias muito bem-sucedida.
Era uma empresa familiar, uma instituição britânica. Bem-sucedido e confiante, Ratner fez um discurso
em 1991 para um grupo de executivos em que soltou algumas piadas sobre os iludidos que o tornaram
um homem rico comprando sua mercadoria de má qualidade; algumas das joias vendidas por suas
lojas, brincou, eram “mais baratas que um sanduíche de shopping center, mas provavelmente não durariam
tanto”. Um jornalista de um jornal sensacionalista soube do discurso e a história foi parar na primeira
página. Ratner se viu em maus lençóis e a cadeia de lojas da família acabou condenada pela história.
Ser o líder significa ter o microfone permanentemente aberto diante de si. Mesmo seu silêncio tem
significado. Em épocas de incerteza, o silêncio é a mais “barulhenta” das mensagens. A comunicação, como
a natureza, abomina o vácuo. Experimente criar o vácuo em sua organização e a fábrica de boatos vai correr para preenchê-lo. A não comunicação não é uma opção.Como lidar com isso depende de sua personalidade, mas você precisa reconhecer que está se comunicando mesmo quando não quer fazer isso.
Líderes inteligentes fazem com que essa realidade vire a seu favor, transformando em virtude o que
poderia ser vício. Martin Sorrell,presidente do WPP Group, o maior grupo de propaganda do mundo,
é famoso pela velocidade com que responde a seus e-mails, a qualquer hora, em qualquer lugar. “Se alguém
entra em contato com você, existe uma razão”, ressalta ele. “Não há nenhuma relação com a hierarquia.
Não importa se não é alguém ‘grande’.Não há nada mais frustrante do que deixar uma mensagem de
voz e não ter resposta. Nós somos prestadores de serviço.” Não é raro que Sorrell passe uma semana trabalhandonos Estados Unidos, mas no fuso horário do Reino Unido para colaborar com seus funcionários
que estão em Londres. Sua atitude transmite uma mensagem clara: “Se você trabalha para mim,você é importante”.
Conheça sua mensagem
Os políticos costumam dizer que é importante manter uma mesma mensagem ao longo do tempo, e
essa é uma lição igualmente importante para os líderes corporativos.Alguns argumentarão que é muito
comum, na política e no mundo corporativo, fazer com que as coisas pareçam melhores do que
realmente são, mas não é falso ser coerente com o que você diz.A coerência requer disciplina. Os
melhores líderes que conhecemos dão muita importância e se esforçam em descobrir as prioridades
de sua organização e articulá-las de maneira consistente.
No começo de nossa carreira como consultores, trabalhamos com um novo presidente de empresa que
fora trazido de fora para transformar uma organização. Em nosso primeiro encontro, ele delineou sua
estratégia e nos perguntou como poderíamos ajudá-lo a torná-la realidade.Voltamos com sugestões e
ele marcou nova reunião. Mais uma vez ele delineou sua estratégia. Ficamos nos perguntando se ele estava
tentando, de maneira educada, nos dizer alguma coisa. Será que nossas recomendações passaram
longe do alvo? Será que ignoramos algum elemento crucial de seu plano? Não. Na verdade, ele gostou das
recomendações e permitiu que as colocássemos em prática. Em todas as reuniões que se seguiram, por
cerca dos dois meses que durou o projeto, o presidente abordou sua estratégia conosco. Em cada encontro,
ele apresentava suas ideias de forma mais forte e concisa. Ao final, ainda preocupados que ele estivesse
pensando que nós não havíamos compreendido a estratégia, perguntamos por que ele a repetia para
nós. “Porque esse é meu trabalho como presidente”, disse.
Ele estava certo, é claro. Além de elaborar a estratégia, um líder deve transmiti-la para a organização.
A melhor estratégia do mundo é inútil a menos que deixe a cabeça do CEO e vá parar na cabeça das
pessoas que farão com que se torne realidade. Certo apetite pela repetição ajuda. Os melhores líderes que
já conhecemos têm sua mensagem na ponta da língua e são capazes de sonhar com ela. A liderança é um
trabalho barulhento. Você tem de repetir a mesma coisa várias vezes para públicos diferentes. Você pode
enfatizar um aspecto em particular para a mídia, outro para os funcionários ou para os analistas, mas as
mensagens devem ser coerentes.
Destile sua mensagem
Não é suficiente conhecer sua mensagem. Você deve ser capaz de transmiti-la de forma concisa. Comunicadores eficazes são mestres em destilação. Como no uísque de qualidade, sua mensagem
deve ser reduzida a sua essência. Mensagens memoráveis são fáceis de comunicar.
Na GE, Jack Welch nunca teve reconhecimento suficiente por sua grande habilidade em se comunicar.
Uma de suas capacidades subestimadas era a de destilar uma mensagem clara e repeti-la infinitamente. Sua
época na GE pode ser dividida em três partes, com três mensagens simples.A primeira se caracterizou pela
mensagem de que cada negócio da GE deve ser o número 1 ou número 2 em seu setor de atividade, sob o
aspecto da participação de mercado.Durante a segunda parte, com foco no programa de qualidade 6-Sigma,ele ressaltou que esses mesmos negócios definem seus mercados, forçando os gestores a buscar novas oportunidades além das fronteiras estreitas de mercados preconcebidos.Na parte final, com a internet
mudando o mundo dos negócios, ele resumiu sua mensagem em uma frase: “Destrua seu próprio negócio
antes que alguém o faça”.
Pense no público
Coloque-se no lugar de seu público. Por exemplo, analistas financeiros não estão interessados em
grandes visões sobre um mundo melhor; eles querem os números.Funcionários, por sua vez, querem
ser motivados.
Há um vídeo clássico no YouTube que mostra Steve Ballmer superexcitado e transpirando, tomando o
palco de um evento da Microsoft e proclamando que ele ama a empresa.Para quem é de fora, o discurso
exagerado de Ballmer pode ser motivo de riso; para os funcionários da Microsoft, ele tem um efeito mais
positivo: eis alguém que tem energia e crença total na empresa.
Acima de tudo, as pessoas desejam loucamente significado. Os funcionários do Google, ou a maioria
deles pelo menos, são motivados não por quanto dinheiro a empresa está faturando, mas pela sensação
de que eles estão fazendo a diferença.Para eles, o slogan corporativo (muito bem destilado) “Não faça
o mal” é mais importante que os resultados financeiros no próximo trimestre.
Encontre seu tom
Grandes comunicadores são autênticos.Líderes eficazes conhecem suas forças e fraquezas. Alguns falam
bem para auditórios de mil pessoas, outros preferem a intimidade de uma pequena sala de aula, e há os que se destacam na comunicação um a um.O importante é que o líder escolha o meio que combina consigo e, assim,que seja eficiente para transmitir a mensagem que deseja.
Pense em Franklin D. Roosevelt.Quando precisou comunicar seu New Deal para os norte-americanos
comuns de modo a motivar a esperança e a confiança, ele inventou uma forma de transmissão por rádio. Suas “conversas ao pé da lareira” se encaixaram perfeitamente no que ele tinha de melhor em comunicação: informal e pessoal. Grandes líderes encontram seu meio mais eficiente.
Há também o caso de Richard Branson, do Virgin Group. Apesar dos muitos anos de palco, os discursos
de Branson tendem a ser titubeantes; falar em público não é seu forte. Mesmo assim, ele é reconhecido
em todo o mundo e é um comunicador altamente eficaz dos valores-chavede sua empresa. O que
Branson descobriu há alguns anos foi que sua disposição de fazer de si mesmo um “bobo” e experimentar
coisas que outros presidentes de empresas não pensariam é, na verdade, uma declaração poderosa nos
valores da marca Virgin: diferente,colorida, iconoclasta e apaixonada por diversão. Branson se veste
como uma “noiva Virgin” e, ao fazer o papel de astronauta ou escalar montanhas, está se comunicando,
e em grande estilo.
Ao visitar o escritório de um executivo em Tóquio, fomos surpreendidos por uma carta escrita à
mão, que estava pendurada na parede, orgulhosamente emoldurada. Era uma nota de agradecimento de
Jack Welch, como nosso anfitrião fez questão de explicar. Welch ficou famoso por escrever à mão cartas
de congratulações para pessoas que conheceu.
Outro presidente de empresa que conhecemos gastava todo o tempo que passava no banco de trás do carro escrevendo cartas para serem enviadas por fax às pessoas assim que ele chegasse a seu destino. É claro que a comunicação hoje ficou mais fácil do que mandar fax. Você pode enviar e-mails em massa para
todos na organização apenas apertando um botão. Algumas vezes, isso é o mais apropriado a fazer. Outras,
não. Como em tudo na vida, o contexto é tudo.
Conte histórias
O ser humano usa as histórias para transmitir mensagens importantes praticamente desde que foi
capaz de falar. As pessoas estão sempre ansiosas por narrativas, pois elas fornecem sentido. Fatos e números dão conteúdo, mas isso não é capaz de substituir o contexto.
Desde os primórdios, as pessoas têm usado as histórias para transmitir mensagens importantes. Sejam
elas contadas pelos anciões tribaisao redor de uma fogueira ou por menestréis que iam de aldeia em
aldeia, as histórias sempre serviram para passar adiante memórias coletivas muito antes de as pessoas serem
capazes de ler ou escrever. Muitas vezes elas tinham um objetivo que ia além do simples entretenimento;
mesmo os contos de fada, por exemplo,contêm sabedoria.
Hoje o poder das histórias é cada vez mais reconhecido no mundo dos negócios. General Electric,Royal Dutch/Shell, IBM, Unilever e Nestlé estão entre as empresas que as utilizam explicitamente em seu
processo de comunicação. Todo líder precisa de uma narrativa que lide com algumas questões fundamentais:
quem sou? O que defendo? Para onde estamos indo? O que tudo isso significa para aqueles que me seguem?
Comunicadores eficazes reconhecem que a comunicação deve falar à mente e ao coração. No primeiro caso, trata-se de apresentar um quadro racional, utilizando dados objetivos. Mas é o coração que
gera compromisso com a ação.
Como Terry Pearce, coach de executivos e especialista em comunicação altamente respeitado, diz:
“Enquanto a mente procura pelas provas, o coração procura pelo envolvimento. Enquanto a mente
busca informação, o coração busca paixão. Enquanto a mente quer respostas, o coração quer experiência.
A mente toma uma decisão, mas é o coração que se compromete”.
Use símbolos
O que dizemos como líderes é importante. Mas as pessoas também julgam seus líderes pelo que eles
fazem. As ações falam mais alto. Veja o caso da final da Copa do Mundo de Rúgbi de 1995, entre a
África do Sul e a Nova Zelândia. O torneio era sediado na África do Sul e visto como afirmação da transição do país, de uma nação recriminada em todo o mundo para uma democracia moderna. O rúgbi era tradicionalmente jogado pela população branca do país, enquanto os negros jogavam e acompanhavam o futebol.
O presidente então recém-eleito Nelson Mandela, vestindo o uniforme da Seleção Sul-Africana, compareceu à final. Sua mensagem era simples: branco ou negro, somos todos sul-africanos agora. O time
de Mandela bateu os favoritos –uma vitória pela unidade.
Comunicadores eficazes reconhecem o poder de ações simbólicas.Quando a empresa farmacêutica
Roche se viu com problemas por conta de boatos de aquisição hostil, em vez de responder aos muitos
pedidos de entrevista da mídia, o presidente Franz Humer manteve seus planos e foi esquiar no fim de
semana. Sua mensagem foi a de que ele não estava preocupado com as conversas sobre takeover e que permanecia no controle da situação. Sua atitude foi mostrada pela mídia e a fábrica de boatos parou de
funcionar.
A comunicação simbólica também pode ser mais mundana. Onde os líderes estacionam seu carro fala
alto sobre a cultura da empresa. Se o presidente estaciona seu Mercedes bem perto da porta da frente,
enquanto todo mundo tem de atravessar a área de estacionamento, os funcionários podem concluir que a
hierarquia está viva e firme, apesar do esforço para obter uma estrutura de gestão mais plana. Quando
Greg Dyke se tornou diretor-geral da BBC, em 2000, herdou uma organização desmoralizada, com uma
estrutura de gestão pesada, especialmente no topo. Uma de suas primeiras ações foi se livrar dos carros com motorista destinados aos executivos seniores. Isso mandou uma mensagem clara de que o corte de custos havia começado pelo topo, em vez de se iniciar pelos de baixo.
Fique em contato
Talvez a prática mais difícil para todos os líderes seja permanecer em contato com todos seus stakeholders,
tanto interna como externamente. É relativamente fácil para um executivo fazer isso em seus primeiros
dias no cargo, pois ainda lembra como é não estar na liderança. Com o passar do tempo, é claro, essa memória se vai.
Os melhores líderes trabalham duro para se manter em contato. A mais subestimada das práticas de comunicação é saber ouvir. Para alguns líderes, ouvir é simplesmente tolerar “o barulho dos outros”,
antes de chegar o momento de ele próprio falar. Mas as pessoas são capazes de perceber quando o líder
está apenas fingindo ouvir.
Grandes líderes são grandes ouvintes.Eles ouvem o que as pessoas têm a dizer e usam essa informação
para transmitir suas decisões. Esses líderes não dão atenção apenas a seus assessores ou àqueles que falam
mais alto.
Ao deixar o poder em junho de 2007, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair disse aos jornais:
“O mais difícil da liderança é aprender a ignorar as vozes mais altas”.
A grande ironia da comunicação é que, quando você pensa que não está se comunicando, talvez esteja
transmitindo sua mais forte mensagem.
Stuart Crainer é editor da Business Strategy
Review e Des Dearlove é cofundador da Suntop Media.
HSM Management 74 maio-junho 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Falar, Ouvir, Ler e Escrever
Falar, Ouvir, Ler e Escrever – Competências Indispensáveis para o Novo Profissional
Muita coisa tem se comentado sobre o perfil do novo profissional e as exigências do mercado de trabalho como: conhecimento de sistemas gerenciais, línguas estrangeiras, habilidades em informática, conhecimentos específicos, etc.Mas o que não podemos deixar de lembrar é que algumas habilidades que pareciam ser básicas, ou que obrigatoriamente tinham que fazer parte do “Kit de Primeiras Necessidades” de qualquer profissional estão sendo negligenciadas, ou pouco valorizadas.É claro que toda organização ou área de mercado tem as suas necessidades específicas quanto ao perfil profissional ideal, e as habilidades citadas no parágrafo inicial são bastante importantes. Porém não temos como negar que coisas essenciais como: Falar, Ouvir, Ler e Escrever são cada vez mais indispensáveis em um cenário onde o relacionamento com o cliente é o grande diferencial.Não me refiro ao falar e ouvir no sentido físico da palavra, mas sim no sentido de “comunicar”, pois existem muitas pessoas com necessidades especiais de audição e/ou fala que estão se comunicando melhor do que outros que não as tem, pois se concentram na comunicação, empenhando toda atenção, reflexão, expressão corporal e outros detalhes que o momento exige.Da mesma forma existe muita gente escrevendo sem a preocupação com aquele que lê, ou lendo sem a preocupação de entender o que está escrito.Acompanhando o trabalho de várias organizações, tendo contato com pessoas em nossas palestras e treinamentos pelo Brasil, sendo atendido em lojas, hotéis, restaurantes, etc, percebemos que com as devidas exceções a qualidade do “falar, ler, escrever e ouvir” estão em níveis críticos.Falar Bem: Sabemos que a qualidade, preço, garantia e características técnicas entre os produtos de uma mesma classe econômica estão cada vez mais padronizados. Neste cenário o diferencial acaba sendo o serviço, o atendimento e o relacionamento com o cliente.Fraca argumentação sobre questionamentos, vocabulário limitado, pronúncia errada, falta de atitude e má vontade no falar acabam por comprometer o atendimento, a imagem do profissional e da empresa que ele representa.Falar bem não é jogar ao vento um amontoado de palavras desconexas ou rebuscadas e sim utilizar um vocabulário correto e de fácil entendimento para o interlocutor.Ouvir Bem: Saber ouvir é a chave do bom relacionamento, das vendas, do processo de liderança e de muitas outras questões ligadas ao sucesso profissional. Muita gente escuta, mas poucos ouvem, pois ouvir bem está relacionado a nossa atitude e disponibilidade em prestar atenção no outro, desarmados de nossos pré-conceitos, imbuídos em entender, compreender os detalhes muitas vezes não óbvios da comunicação.Aquele que têm pressa escuta pela metade, responde o que não foi perguntado, explica pela metade e se comunica pela metade.Ler Bem: Talvez ler seja um dos melhores exercícios para os neurônios e também uma atividade de muita importância para a aquisição de cultura específica ou geral. Além disso o “ler bem” é a capacidade de compreensão do que muitas vezes está escrito nas entrelinhas, é a interpretação da mensagem.Estamos na era da informação, com a internet a disponibilidade e a quantidade de informações se multiplica diariamente. Ler bem também significa buscar a informação certa, sabendo como filtrá-la.Escrever Bem: Se o “ler” nos traz cultura, o “escrever” é uma forma de expressar nosso conhecimento.Encaminhando um e-mail para um cliente, formatando um projeto, colocando uma idéia no papel, etc, a maneira como escrevemos faz parte de nossa imagem profissional. Conhecer a língua portuguesa, escrever de forma correta obedecendo regras gramaticais, demonstra profissionalismo, qualidade e eficiência. Além do mais, a falta de tempo tem sido uma das preocupações de muitas pessoas. Por isto é necessário que saibamos escrever de forma clara, eficaz e de preferência tendo a preocupação com o tempo daquele que irá ler a informação.Da mesma forma que temos que convencer quando nos comunicamos verbalmente, devemos convencer quando o fazemos através da linguagem escrita. Talvez este artigo seja um tanto quanto óbvio, pois sabemos que é preciso falar, ouvir, ler e escrever bem, mas precisamos levar esta necessidade mais a sério e entender que para transformarmos estas informações em habilidades devemos praticá-las com afinco.Afine-se para o sucesso, fale, ouça, leia e escreva bem!
Fabiano Brum: Palestrante especialista em motivação, vem destacando-se em palestras, cursos e seminários pela maneira inteligente e criativa com que alia seu conhecimento musical aos temas de seus treinamentos.
Muita coisa tem se comentado sobre o perfil do novo profissional e as exigências do mercado de trabalho como: conhecimento de sistemas gerenciais, línguas estrangeiras, habilidades em informática, conhecimentos específicos, etc.Mas o que não podemos deixar de lembrar é que algumas habilidades que pareciam ser básicas, ou que obrigatoriamente tinham que fazer parte do “Kit de Primeiras Necessidades” de qualquer profissional estão sendo negligenciadas, ou pouco valorizadas.É claro que toda organização ou área de mercado tem as suas necessidades específicas quanto ao perfil profissional ideal, e as habilidades citadas no parágrafo inicial são bastante importantes. Porém não temos como negar que coisas essenciais como: Falar, Ouvir, Ler e Escrever são cada vez mais indispensáveis em um cenário onde o relacionamento com o cliente é o grande diferencial.Não me refiro ao falar e ouvir no sentido físico da palavra, mas sim no sentido de “comunicar”, pois existem muitas pessoas com necessidades especiais de audição e/ou fala que estão se comunicando melhor do que outros que não as tem, pois se concentram na comunicação, empenhando toda atenção, reflexão, expressão corporal e outros detalhes que o momento exige.Da mesma forma existe muita gente escrevendo sem a preocupação com aquele que lê, ou lendo sem a preocupação de entender o que está escrito.Acompanhando o trabalho de várias organizações, tendo contato com pessoas em nossas palestras e treinamentos pelo Brasil, sendo atendido em lojas, hotéis, restaurantes, etc, percebemos que com as devidas exceções a qualidade do “falar, ler, escrever e ouvir” estão em níveis críticos.Falar Bem: Sabemos que a qualidade, preço, garantia e características técnicas entre os produtos de uma mesma classe econômica estão cada vez mais padronizados. Neste cenário o diferencial acaba sendo o serviço, o atendimento e o relacionamento com o cliente.Fraca argumentação sobre questionamentos, vocabulário limitado, pronúncia errada, falta de atitude e má vontade no falar acabam por comprometer o atendimento, a imagem do profissional e da empresa que ele representa.Falar bem não é jogar ao vento um amontoado de palavras desconexas ou rebuscadas e sim utilizar um vocabulário correto e de fácil entendimento para o interlocutor.Ouvir Bem: Saber ouvir é a chave do bom relacionamento, das vendas, do processo de liderança e de muitas outras questões ligadas ao sucesso profissional. Muita gente escuta, mas poucos ouvem, pois ouvir bem está relacionado a nossa atitude e disponibilidade em prestar atenção no outro, desarmados de nossos pré-conceitos, imbuídos em entender, compreender os detalhes muitas vezes não óbvios da comunicação.Aquele que têm pressa escuta pela metade, responde o que não foi perguntado, explica pela metade e se comunica pela metade.Ler Bem: Talvez ler seja um dos melhores exercícios para os neurônios e também uma atividade de muita importância para a aquisição de cultura específica ou geral. Além disso o “ler bem” é a capacidade de compreensão do que muitas vezes está escrito nas entrelinhas, é a interpretação da mensagem.Estamos na era da informação, com a internet a disponibilidade e a quantidade de informações se multiplica diariamente. Ler bem também significa buscar a informação certa, sabendo como filtrá-la.Escrever Bem: Se o “ler” nos traz cultura, o “escrever” é uma forma de expressar nosso conhecimento.Encaminhando um e-mail para um cliente, formatando um projeto, colocando uma idéia no papel, etc, a maneira como escrevemos faz parte de nossa imagem profissional. Conhecer a língua portuguesa, escrever de forma correta obedecendo regras gramaticais, demonstra profissionalismo, qualidade e eficiência. Além do mais, a falta de tempo tem sido uma das preocupações de muitas pessoas. Por isto é necessário que saibamos escrever de forma clara, eficaz e de preferência tendo a preocupação com o tempo daquele que irá ler a informação.Da mesma forma que temos que convencer quando nos comunicamos verbalmente, devemos convencer quando o fazemos através da linguagem escrita. Talvez este artigo seja um tanto quanto óbvio, pois sabemos que é preciso falar, ouvir, ler e escrever bem, mas precisamos levar esta necessidade mais a sério e entender que para transformarmos estas informações em habilidades devemos praticá-las com afinco.Afine-se para o sucesso, fale, ouça, leia e escreva bem!
Fabiano Brum: Palestrante especialista em motivação, vem destacando-se em palestras, cursos e seminários pela maneira inteligente e criativa com que alia seu conhecimento musical aos temas de seus treinamentos.
Humanidade
Este blog irá ser elaborado com o objetivo e apresentar alguns artigos que rodam a internet com a intenção de concientização do ser humano, para ver se saimos um pouco do pedestal que muitas vezes nos encontramos, muitas vezes somos arrogantes, desprezamos os problemas dos outros, nos sentimos dono da própria razão, não escutamos o próximo, na verdade não somos nada, nesta vida somos apenas passageiro de um onibus que possamos parar na próxima estação, e deixar as pessoas que amamos para trás, e é nessa hora em que possamos olhar para trás e perguntar: o que eu fiz da minha vida? Fui bom filho, bom pai, bom amigo, fiz coisas nas quais possam se orgulhar de mim? Hoje o mundo é muito egoísta, você só vale o que tem, somos vistos como “$”, somos consumistas e não nos preocupamos com o dia de amanhã, somos orgulhosos e não pedimos “desculpas”, somos tão ocupados,nos escondemos atrás de uma agenda lotada, que não pedimos “por favor”, “bom dia”, “boa tarde”,”boa noite”, “como vai”, coisas tão simples como um sorriso que abre portas, levamos a vida a sério demais, temos que nos soltar um pouco, ter tempo para cuidar de nossos pais, filhos, amigos, que muitas vezes precisam de uma palavra amiga. Bom meus amigos, se você leu este texto com atenção é porque você se importa com humanidade, dedico este texto para os amigos de trabalho da Aluminio prollar, minha segunda família, das quais passamos mais tempos juntos do que com nossa própria familia, à meus amigos companheiros que mesmo com a distância e o tempo dividido entre trabalho e faculdade são muito importantes e deixaram suas marcas em meu crescimento pessoal, nos meus amigos da faculdade Leão Sampaio, da qual agradeço pelo meu crescimento profissional e intelectual, minha família que serve como base para tudo na minha vida, em especial meu irmãozão, Glauber, "caba de sorte", meu pai, Wilson, e minha mãe,Glice, meus dois heróis, dois exemplos de Vida, Ética, Respeito, Moral e principalmente AMOR e minha esposa e filha que me deram um novo olhar para este mundo.
Na verdade este texto é um agradecimento para todos que fazem parte da minha história de vida, são pessoas especiais, e que Deus conserve a beleza natural em cada ser humano.
Beijo no Coração.
Gleidson Leite
Na verdade este texto é um agradecimento para todos que fazem parte da minha história de vida, são pessoas especiais, e que Deus conserve a beleza natural em cada ser humano.
Beijo no Coração.
Gleidson Leite
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